MODESTINHO: SÁBIA DECISÃO

Por Armando Gomes (13/03/2015)

Posso até dar com os burros na água, como dizia minha mãe, mas concordo em gênero, número e grau com a decisão do presidente do Santos. Marcelo Fernandez e Sérgio Chulapa foram efetivados ontem no comando técnico do Santos F.C. Muitos queriam este, outros queriam aquele e vai por aí a fora. Fui e sou contra qualquer técnico que viesse causar uma sangria financeira ao clube. Para quem não sabe ou não acompanha as coisas do clube, lembro-lhes que a dívida do clube é quase impagável nos próximos 12 meses. Essa foi a herança maldita que deixaram para esta diretoria que assumiu faz 75 dias. Por que trazer algum técnico que quer vir com o auxiliar, preparador físico, acessor, filho e não sei mais quem. O torcedor não entende coisas atinentes a finanças. Dorival Junior, Abel Braga, Wagner Mancini e outros seriam muitos caros para o clube. Não bastasse isso, é preciso dizer que o Santos contratou recentemente Carlito Macedo (um dos melhores do Brasil) para ser seu preparador físico. Haveria um choque profissional no dia a dia do clube, e isso ninguém duvida. Ante ontem, ( quarta feira ) jantei com dois integrantes do Conselho Gestor do Santos. Disse-lhes: homologuem Marcelo e Chulapa o quanto antes e acabem com as expectativas negativas em torno deste ou aquele nome. O clube tem que dar o passo conforme a perna. Não pode e não deve fazer contratações faraônicas, pois não há grana para isso. Uma vez o ex-presidente Rubens Quintas suspendeu por 90 dias o uso do elevador do estádio Urbano Caldeira. Muitos criticaram, mas todos entenderam. A época (como hoje) era de vacas magras e Quintas fez o que eu também faria. Não esqueçam: a seleção brasileira de futebol reuniu os 2 maiores ordenados do Brasil: FELIPÃO E PARREIRA. A C.B.F. gastava 1 milhão e meio por mês com os dois. Fomos eliminados da final e tomamos 10 gols em 2 partidas. Valeu a pena? Deixem Marcelo e Chulapa trabalhar. Se não der certo, aí sim, justificar-se-á uma mudança. Por enquanto não. É fácil raciocinar e agir com o dinheiro dos outros. Deus existe...